sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Conclusão sobre a pirataria

Nessa semana o velho Demko me mostrou o Tribal Wars. Neste jogo, você participa dele gratuitamente. Mas como ele é pago? Os jogadores que quiserem recursos adicionais pagam uma pequena mensalidade. Esse modelo não é novo, mas foi aí que me deu o estalo. Esses jogadores que não pagam, estão roubando alguma coisa? Não. E muito mais: estão ajudando a promover o jogo. Estão contribuindo com suas presenças no jogo.



Bem, meu argumento não foi previamente escrito, está sendo jogado neste instante aqui mesmo. Mas peço que prestem atenção nesta palavra: compatibilidade.




Compatibilidade e aceitação acontecem quando uma coisa que existe é bem recebida. Formatos de sucesso nem sempre são formatos bons, mas sim formatos que pela sua história foram consagrados como padrões de excelência. O que dizer da moda, do design e dos mais variados tipos de cabelo? Todos tem uma história de derrotas e conquistas (como os homens brancos e loiros, que na Grécia antiga, quando escravos, valiam dez vezes menos que um escravo negão). E é baseado nesse status quo histórico e social que os valores são administrados às coisas.




Agora veja bem essas duas palavras, compatibilidade e aceitação. Um produto agrega valor com essas duas coisas (olha o economista mirim inventando coisas, esquecendo as coisas mais básicas de Adam Smith). É claro que existem outras coisas que agregam valor ao produto, mas no caso da pirataria quero lembrar estes dois.




Por que é exatamente essas duas coisas que tanto dão valor ao sistema operacional Windows. O Windows nunca se tornaria o que é hoje sem a ajuda da tão malvada pirataria. Graças a ela, o seu sistema operacional é aceito como padrão de tecnologia atual ( o Osx, ótimo sistema operacional da Apple, por muitos considerado superior ao Windows, não conseguiu se espalhar tanto por problemas de compatibilidade).




O fato é que a Microsoft tem muito a agradecer a pirataria. Por que esta permitiu ao seu produto ser conhecido, aceito, e hoje compatível como nenhum outro.




Agora, e esses cidadãos que permitem ao windows ser o atual patamar de sistema operacional, a Microsoft não deve nada a eles? Graças a eles que eles estão aonde estão!




A questão é que, se existem pessoas ajudando o formato a se tornar mais aceito e compatível, essas pessoas precisam ser compensadas. No mínimo, com um produto gratuito. Aquelas que quiserem algo mais, pagarão por mais recursos, e sustentarão os profissionais que produzem o produto.




Vou deixar o texto por aqui, e quem poder comentar com seu ponto de vista vai me ajudar muito a encontrar um modelo econômico que respeite o ser humano.

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