Faz um tempo que essa realidade enjoada da internet tem me feito mal. Orkut, blogs e qualquer coisa que mostre a opinião alheia moldando esses espaços. Eles me dão enjôo. Por que todos são diferentes, contando as porcarias que se passam em suas cabeças (assim como eu tenho feito aqui tb), e são assim, aos milhares. Você não pode construir um argumento que um retardado vem e ignora tudo como se nada existisse. Por isso essa internet me deixa enjoado. É um vômito de pessoas escrevendo sobre suas religiões, crenças, opiniões limitadas, falta de bom gosto, fonte de ignorância. Acontece uma coisa e aparece uma tropa de animais quadrúpedes para comentar o fato com um show de analfabetismo que só vendo.
Aliás no orkut o analfabetismo deixou de ser deslize, parece que é moda mesmo. Deve ser um meio de a pessoa se apresentar como pseudo-humilde ou pseudo-retardado mesmo. Ou nossas escolas não fazem mais alunos como antigamente.
Bem, nem tudo está perdido. A Bíblia e o velho Dale Carnegie tem pontos de vista mais interessantes sobre o assunto, e hoje, conversando com um amigo no trabalho, junto com todos os acontecimentos que tem acontecido comigo e com a Liza, me estalaram a entender o que já existia e que não tinha conhecido em sua totalidade. Sobre a idolatria (sem querer jogar pecados para cima de ninguém) que o nosso mundo trabalha.
A internet está aí para provar a todos nós que os gostos mais variados estão aí, no mundo todo. Quem pode dizer o que realmente é bom? O que é bom para você?
Alguns tem definições para o que é bom. Muitas são mesmo boas, mas eu ouso dizer neste momento que a maioria é balela. Nossa comunicação que temos é baseada em um formato. Filmes, jogos e toda sorte de arte são produzidas por pessoas comuns, e por isso mesmo estão sujeitos a fazer algo que só babe o ovo do que já faz sucesso, fazer apologia a algum lobby, ou ser literalmente retardado mesmo.
O que eu estou querendo dizer é que o filme do Batman é do caralho, fizeram um jogo muito doido no filme. Mas... o que é um Batman? Um playboy vestido de morcego, treinado na ásia para combater a "escória" criminosa? Quer dizer... a mesma missão do super homem, da polícia, e da organização anti-pirataria, não é mesmo?
O Batman parece fazer parte de "Gothan" City, mas o que dizer de Batman no Rio de Janeiro, atrás do Zé Pequeno? Pense nisso. Sei que vc não pensou o suficiente, mas eu pensei um bocado, e conclui: "esse Batman é meio estúpido não?". Ele combate o "crime", apóia a indústria farmacêutica, o National Bank, provavelmente apóia as guerras que acontecem na África, no Iraque.... bem, vcs pegaram a idéia? É um herói estúpido! Tony Vercetti é mais interessante que ele!
Mas não é contra o Batman que eu quero falar. Mas sim contra os paradigmas que convivem conosco. Certa vez Liza denunciou em seu blog que não temos data suficiente para conduzir desenvolvimentos. E não temos mesmo. Muitas de nossas histórias são baseadas em mentiras. Quem conhece as coisas como são, sabe que elas não são nem um pouco parecisas com o que as pessoas geralmente pensam delas.
"Uma mentira pronunciada muitas vezes acaba se tornando uma verdade". É isso que tem aparecido na minha cabeça. Eu sempre procuro dados precisos para fundamentar meus pensamentos, mas a realidade é tão caótica, tão mutante, que estou encarando agora que as coisas que construimos quase sempre não são fundamentadas na verdade, mas apenas se materializaram pelo poder que Deus concedeu a cada um de nós.
Vou repetir: as coisas se materializam não por serem verdade, mas por nossa insistência! Fomos abençoados com o poder de trazer qualquer sorte de estupidez à realidade!
Por que convenhamos, se nesse mundo que conhecemos através do orkut, de opiniões esquisitas, pessoas sem graça (assim como eu talvez pareça sem graça para outras pessoas), por que Deus, o criador de todas as coisas, amaldiçoaria alguns hábitos e abençoaria outros?
Eu não gosto de falar sobre a Bíblia pois sei o asco que muitos tem com ela. Sei por que se eu estiver lendo um blog alheio e ver o indivíduo falando de bíblia, eu talvez leia o comecinho do que a pessoa está dizendo, mas em menos de meio segundo vou fechar o site e procurar coisa mais interessante para ler.
Mas gostaria que lessem o que tenho a dizer. Trata-se de um fato nunca tocado pelas igrejas onde perambulei. Para começar, Deus não queria instituir o judaísmo: seu plano era de "ir embora", e deixar um anjo com o povo de Israel. Foi pela insistência de Moisés, o ser humano mais chegado de Deus na história da Bíblia, que Deus mudou de idéia e resolveu ficar entre o povo, mas instruindo em seguida os parâmetros para que isso fosse possível.
Mas onde chegar com isso? Só para derrubar alguns paradigmas.
O que eu quero dizer é um tremendo spoiler: Não julgueis para não ser julgado. Pelo amor de Deus, não entenda isso como um mandamento, uma lei ou coisa dessa espécie. Só lembre disso toda vez que julgar alguém. E julgue sem medo, para ver que 50% de vezes ou mais a sua opinião estava errada.
Por que quem julga aponta facas afiadas para sí próprio. Digo isso por que as pessoas mais fuleiras com quem trabalhei na minha vida eram mestres em julgar: especialistas. Eram hábeis para apontar os erros dos outros, mas eram medíocres para criar e concretizar suas próprias coisas. Em ambientes criativos competentes, a lei é não julgar. Mas em todo o ramo de criatividade? Claro que não? Mas vamos a dois exemplos: Myamoto da Nintendo e o ex-diretor de arte do Diablo3, cujo nome não lembro.
Aconteceu que faz pouco tempo foi liberado imagens do esperado Diablo3. Muitos fãs não gostaram do que viram, alegando que o novo jogo é mais colorido e menos sombrio que o jogo anterior. Fizeram uma petição online, que reuniu 60 mil assinaturas. Algum tempo depois, este mesmo diretor de arte, tão criticado, resolveu fazer a bobeira de responder por que o jogo estava colorido e diferente dos anteriores. Duas semanas depois é anunciado a procura por um novo diretor de arte para o jogo, pois este "pediu para sair" e agora está trabalhando em outro ramo. Por que? Ele não aguentou a pressão. Tratava-se de um diretor de arte renomado, extremamente profissional e qualificado. Quando ele tentou segurar a fúria de milhares de fãs que não entendem patativas de arte e novas propostas, não suportou. Pois a criação é assim. Ela não foi feita para peitar o "povo", mas para ser o que é.
Myamoto, o maior gênio vivo da industria do entreteinimento, não lê o que as pessoas dizem na internet. E ele sempre enfoca isso. "Não leio o que as pessoas escrevem, mas observo as reações das pessoas quando elas jogam meus jogos. Seus sorrisos, fustrações, alegrias, isso que eu levo em consideração".
Por que se formos construir algo novo, preferivelmente não partimos da idolatria de copiar o que já existe. Costumo dizer que se for para copiar, é melhor copiar não das pessoas baixas, mas das mais altas, as que influenciam as influências. Chegando a receber influência não apenas de outros artistas, mas da vida, dos amigos, da Liza... E finalmente, em Deus.
A idolatria na criação é um crime, assim como a crítica. Nada é criado em cima de crítica. A crítica tem o péssimo hábito de andar junto da inveja, como eu vi em alguns casos.
Mas também não é contra essas coisas que quero falar hoje.
O que eu quero dizer com isso tudo ( e agora é a última vez que vou dizer isso ), é que o maior crime é definir o que é bom e ruim pelos paradigmas existentes, e mesmo pelos seus próprios. Os seus você guarda para você e para as pessoas que você ama, mas para com o cobrador de um ônibus, e para todas as pessoas que encontrar no seu dia-a-dia, você vai ter que entendê-las como pessoas que tiveram uma vida diferente e isso as fez pessoas diferentes do que você é.
E tudo que construirmos deve ser alicerçado no Amor, a Deus e ao próximo. Por que são essas pessoas que contam. É com elas que conheceremos boas influências musicais, com beijos, êxitos e compaixão.
Para concluir, uma ótima tira de Allan Sieber que coloca em questão esses paradigmas do dia-a-dia. Clique na imagem para ampliar!